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terça-feira, 30 de julho de 2013

Diana - "A Voz Que Emociona"

Ana Maria Siqueira Iório, conhecida com o nome artístico de Diana (agora assinando Dianah), iniciou a carreira no final da década de 1960, seguindo os passos da Jovem Guarda, que dominava o cenário musical brasileiro na época. Em 1969, gravou seu primeiro disco, um compacto simples, trazendo como uma das músicas a canção Menti Pra Você. Porém, esse seu compacto não foi bem sucedido.




Anos mais tarde, em 1972, é contratada pela gravadora CBS, e passa a ser produzida por Raul Seixas. Alcançou as paradas de sucesso com as músicas Uma Vez Mais, Fatalidade, Um Mundo Só Pra Nós, Por Que Brigamos, Estou Completamente Apaixonada e Hoje Sonhei Com Você
Nessa mesma época, conheceu e casou-se com o também cantor Odair José, com quem teve uma filha, Clarice. Após conturbada relação, se separaram. 

Diana foi um absoluto fenômeno de vendagens. Os LPs tinham enormes tiragens para abastecer os consumidores da música rômantica popular. Diana foi uma estrela pop em sua época. Estima-se que as cópias vendidas
ultrapassaram a casa dos 20 milhões de discos.
 

Em 2006, sua música "Tudo o Que Eu Tenho” foi trilha do filme "O Céu de Suely" onde ela aparece de figurante na multidão.

A música "Porque Brigamos" é uma versão de "I am… I said", sucesso do cantor americano Neil Diamond, de 1971. Foi composta originalmente pelo próprio Neil Diamond e escrita em português pelo falecido produtor musical Rossini Pinto. Gravada em 1972 pela cantora Diana, a canção foi um grande sucesso de sua carreira.

O melhor da música pra mim é a Pandeirola. Genial.



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terça-feira, 23 de julho de 2013

Barros de Alencar - O filósofo do brega

Nascido em 5 de Agosto de 1932 em Uiraúna na Paraíba, esse ícone do nosso gênero ainda pode ser ouvido diariamente na Rádio Tupi AM de São Paulo do alto de seus quase 81 anos. 

Aliás, foi como radialista que Cristóvão Barros de Alencar começou sua carreira em Campina Grande, na Rádio Borborema. Trabalhou em várias rádios das capitais nordestinas até chegar, em 1960, a São Paulo.

Também se aventurou como apresentador de TV na Record onde apresentou o "Programa Barros de Alencar" de 1982 a 1986, no qual ficou famoso com o bordão: "Alô, mulheres, segurem-se nas cadeiras. Alô marmanjos, não façam besteiras!" e ganhou audiência com o concurso Michael Jackson onde elegeu a garota Lúcia Santos, a Maika Jeka como carinhosamente a chamava, melhor imitadora do cantor.

Porém, seu sonho mesmo era ser um bom cantor. Não que tenha conseguido, mas pelo menos tentou muito. Lançou mais de 10 LPs entre compactos e coletâneas e ensaiou algum sucesso na década de 70.

A música "Prometemos Não Chorar" é uma pérola sem similares. Praticamente a trilha sonora pra quem quer se matar após uma gaia, conta a história de um cara dando o pé na bunda de uma mulher, enquanto tomam café em um restaurante. A mulher chora enquanto o sem-coração manda ela pastar.

O auge da canção é o barulho das xícara sugerindo as mãos trêmulas da corna em prantos.
 
O melhor vem no final, com a frase dita pelo nosso ídolo: “O amor é uma outra coisa. O amor tem que ser alimentado todos os dias com pequenas coisas, com pequenas coisas que nós já não temos”. 

É top ou não é?



sexta-feira, 19 de julho de 2013

Bartô Galeno no seu radinho

O paraibano da cidade de Sousa Bartolomeu da Silva nasceu em 20 de maio de 1950. Com 10 anos mudou-se para Mossoró e lá começou a se encantar com a Jovem Guarda, sucesso nessa época.

Foi na Rádio Rural que Bartô, como passou a ser chamado, começou a participar dos programas de calouros "papando" todos os prêmios que apareciam. Com uma passagem dada de presente pelo padre da cidade Américo Simonetti, desembarcou no Recife e posteriormente em São Paulo onde foi descoberto pelo produtor Ozéias de Paula da gravadora Tape K.

Seu primeiro álbum foi "Só Lembranças" lançado em 1975 mas foi com "No Toca Fita do Meu carro", lançado no ano do meu nascimento, 1978, que Bartô estourou para todo o Brasil.

Aos 63 anos, Bartô se diz feliz e apaixonado. Um de seus filhos (ele tem quatro) dá seus primeiros passos na música com o grupo que mistura samba e futebol denominado Daniel Galeno e os Boleiros.

A música "No toca-fita do meu carro" é, sem dúvidas, o seu carro-chefe, seu carro pedestal, e conta a história de um carro que ele comprou a Gonzaga Veículos, fiado. Ele costuma dizer que "Um cara vindo lá da Serra Mossoró comprar um carro fiado e o camarada  ter coragem de vender, só pode ser muito doido".



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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Raimundo Soldado - A Patente do Brega

Leocádio Tiné, matuto de São José do Belmonte hoje radicado em NY (?), falou com toda propriedade sobre ele:

"Raimundo Soldado é de tamanha categoria que, se fosse vivo, seria no mínimo Tenente."

Seu nome de nascença era Raimundo Teles Carvalho. Nasceu na cidade de Santa Inês no Maranhão no ano de 1946 e ficou conhecido como Raimundo Soldado por ter servido ao exército, a exemplo de seu pai e de seus irmãos. Depois largou a farda pela música brega, com suas dores de cotovelo e odes à terra natal. 

Na década de 1980, Raimundo Soldado ficou conhecido por canções como ''Não tem jeito que dê jeito'' e ''Abraçando você'', e fazia parte do elenco brega da extinta gravadora Copacabana. Foram seis vinis ao todo. A sua música "Não Tem Jeito que Dê Jeito "foi incluída na trilha sonora do filme At Play in the Fields of the Lord (Brincando nos Campos do Senhor), de Héctor Babenco (1991). Era um internacional esse cidadão.

Soldado faleceu em 17 de setembro de 2001. Estava tomando um banho num riacho onde morava, em Timon, no Maranhão, quando sentiu uma grande febre. Foi levado às pressas para Teresina, no Piauí, onde foi internado, mas não resistiu e faleceu. Diagnóstico: meningite. Foram três casamentos e 11 filhos registrados. Morreu pobre como a maioria dos seus pares.

A música "Abraçando Você" é um dos sucessos do Soldado que você escuta aqui no Abacateirol. Tem um ritmo brega-carimbó que não deixa o cabra ficar parado.



sexta-feira, 12 de julho de 2013

Evaldo Braga - O Ídolo Negro


Diz a lenda que ele, nascido na cidade fluminense de Campos, havia sido abandonado numa lata de lixo (o sucesso da música Eu não sou lixo teria reforçado essa ideia). Já no documentário em curta-metragem 'Evaldo Braga – O ídolo negro' , há um depoimento de Antônio C. Braga, que se apresenta como irmão de Evaldo, contradizendo essa informação. O artista seria filho de Antônio Braga com uma amante. Como a mulher dele não o aceitava, o pai teria entregue o garoto a uma senhora.

Uma teoria da conspiração diz que a  gravadora Phonogram criou essa falsa história triste, repleta de tragédia, para sensibilizar o público e fazer de Evaldo Braga um dos maiores vendedores de discos de todos os tempos no Brasil

Evaldo Braga lançou seu segundo disco em 1972, mas faleceu no ano seguinte, no dia 31 de janeiro, com apenas 25 anos de idade, em um acidente automobilístico na BR-3, ocupando um Volkswagen TL, dirigido por seu motorista. O túmulo do chamado Ídolo Negro é um dos mais visitados no feriado de Finados no Cemitério do Caju, Rio de Janeiro.

A canção Sorria, Sorria, de sua autoria junto com Carmen Lúcia, foi o seu maior sucesso. Foi gravada posteriormente pelo cantor Carlos Alexandre (1982) e também interpretada por Zeca Baleiro. E agora, em 2012, foi usada como trilha sonora no comercial do utilitário Renault Duster. É uma das melhores músicas brega roots que conheço.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Elino Julião


Compondo e cantando músicas como “Foi Morar Com o Guarda”, “Meu Cofrinho de Amor”, “Olá Bicho”, “Amor Enchucalhado” e “O Mela-mela”, Elino Julião da Silva marcou sua passagem pela Música Popular do Brasil como um dos mais interessantes representantes da música brasileira. Elino fez parcerias importantes com Messias Holanda, Coronel Ludegero, Jackson do Pandeiro, Marinês e outros. Foi reconhecido em vida pelo rei do Baião Luiz Gonzaga, que gravou várias composições de Elino Julião.

Nascido em 13 de novembro de 1936 no quente sertão do Seridó, na cidade de Timbaúba dos Batistas/RN, era filho de Sebastião Pequeno, tocador de cavaquinho e concertina. Foram mais de 400 composições, 48 LP’s e 9 Cd’s em 43 anos de carreira. Para sua terra regressou em 1997, com o mesmo entusiasmo com que foi. Em Natal, o mestre de música nordestina fez sua eterna morada, em 2006, falecendo em 20 de maio após sofrer um aneurisma cerebral aos 69 anos.

"Meu Cofrinho de Amor" foi a música que me apresentou esse mito. Composta por Elias Soares e João Martins, é uma das pérolas do nosso gênero roots.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Marcos Aurélio - Submundo do Brega


Esse é tão roots que não consegui descobrir nada sobre ele. A música é da coletânia "As 14 Mais" que me foi gentilmente cedida por Alexandre da Maia. A música é genial com pérolas como "Eu eis de te esquecer", "Vocêr" e outros erros gramaticais deliciosos.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Carlos Alexandre - O início de tudo



Esse foi meu primeiro ídolo. 

Gravei uma fita cassete com suas músicas e escutava o tempo inteiro. Hoje tenho 5 cds originais dessa lenda do brega roots.

Herdeiro direto de Evaldo Braga, é tido por alguns sensatos como aquele que mais representa a estética “brega”: a sutil e genial mistura de sarcasmo com romantismo e o bom e velho esculacho. Foi por causa dele que eu comecei a me interessar pelo gênero brega roots. 

Não era para menos. Carlos Alexandre (que de fato se chamava Pedro Soares Bezerra) certamente já chegou aos seus ouvidos, por mais erudita que a senhora se ache. “Arma de vingança” e “Canção do paralítico”, gravadas num compacto em 1978 venderam mais de 100 mil cópias e abriram caminho para o lançamento do LP “Feiticeira”, que vendeu cerca de 250 mil. Bom lembrar que naquele tempo não tinha carrocinha de CD em canto nenhum. 

Em 30 de janeiro de 1989, o cantor tinha acabado de lançar o disco “Sei sei” e acabou morrendo num acidente automobilístico em Pesqueira (PE), enquanto voltava de um show na Paraíba para sua casa em Natal (RN). Tal e qual Evaldo Braga. 

No Abacateirol, “Arma de Vingança”, um dos maiores hits do ídolo:

A Fina Flor do Abacateirol voltou!

Comunidade dos fãs da música clássico-brega brasileira,

Uma garrafa de Dreher, um saco de cajá, o motoradio ligado, parado com sua Variant azul bebê em frente a lagoa do Araçá, duas raparigas banguelas de Camaragibe no banco de trás... só está faltando a trilha sonora? Seus problemas acabaram!
 

Aqui você encontra os maiores sucessos do cancioneiro popular brasileiro pela visão de um fã do gênero: Eu, Pedrinho K2.
 

Quem nunca foi brega que atire o primeiro pinguim de geladeira, que atire o primeiro dálmata de gesso pintado com tinta guache, que atire a primeira bola de câmbio de variante com um siri dentro, que atire o primeiro cochinil de banco do fuscão 73, que atire o primeiro papel celofane vermelho que se usava na frente da TV preta e branca, marca Telefunken.

Trarei pra vocês só a Fina Flor do cancioneiro brega. Vá por mim. 

K2,
Stripper em Fernando de Noronha, domador de leões do circo de Moscou e fotógrafo subaquático da National Geografics.